O feminismo contemporâneo como ambigrama social

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O Feminismo Contemporâneo como Ambigrama Social

Introdução

A história das revoluções sociais marcadas pelo desejo das classes de conquistar a igualdade, abolindo a descriminação e a injustiça diante às diferenças entre os seres, desde sempre representou o começo de um novo quadro histórico. Revoluções como a Francesa, entre outras, mudaram os rumos da humanidade e construíram no desdobrar de suas consequências novos paradigmas e formas de ver e entender o mundo.
A exemplo do Renascimento, da Reforma e da Revolução Científica, que compuseram uma nova identidade e fundaram a Modernidade, adjunto aos conceitos que hoje temos consolidados culturalmente. Como menciona Richard Tarnas ao falar sobre a mudança do comportamento do homem no período do Renascimento, no livro A Epopeia do Pensamento Ocidental, “O homem desafiava a autoridade e podia afirmar uma verdade com base em sua própria opinião”. Tarnas fala sobre o posicionamento crítico e o desenvolvimento da consciência e da própria cultura, que não se davam desde o antigo avanço da civilização ocidental, na Grécia Antiga.
O contexto ao qual estamos inseridos compõe hoje uma sociedade crítica e democrática. Os caminhos percorridos pelo amadurecimento do pensamento humano foram laboriosos até que se tornasse possível, por exemplo, a desconstrução de uma sociedade engessada econômica e culturalmente. Essa trajetória dotada de convergências de ideias e personalidades tornaram possíveis novas lutas advindas de classes excluídas e descriminadas que necessitavam lutar por inclusão e direitos.
O movimento feminista, caracterizado pela luta das mulheres em busca da igualdade, liberdade e fim da opressão, baseada no conceito de gênero, faz parte desse quadro, formado por lutas sociais, políticas e filosóficas, que geraram mudanças importantes e transformaram os padrões que até então haviam sido construídos como modelo de exemplo a ser

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