O Falar Crioulo

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4. O laboratório crioulo
A língua é um instrumento da sociedade e capacidade inerente aos seres humanos, pois assim como o pássaro nasce para voar, o peixe para nadar, o homem nasce para falar; Entretanto, é um fato que as línguas sofrem mudanças com o tempo, essa “mutação linguística” damos o nome de mudanças diacrônicas. Porém, as línguas não sofrem tais mudanças apenas nelas mesmas, o contato entre diferentes línguas não produz apenas interferências na comunicação, mas cada língua que entrou em contato com outra, absorve algo, lembremo-nos da latinização, dada pelas conquistas de Júlio César, a expansão do império romano levou sua língua a várias áreas, áreas essa que posteriormente já tinha sua língua, de tal forma que o latim e essas línguas foram se misturando e hoje temos um leque de línguas neolatinas, como por exemplo, o nosso próprio português, o espanhol, o francês, o romeno e o italiano.
Outra situação parecida ocorreu quando os antigos escravos eram tirados de suas terras, e é por isso que temos inúmeras línguas e dialetos na África atual. Quando negros de diferentes locais eram misturados nas áreas as quais teriam que trabalhar, eles não sabiam como se comunicar, visto que não compartilhavam do mesmo idioma, sendo assim, eles foram obrigados a criar novas línguas, no intuito de estabelecer a comunicação ora perdida. E assim, surgiram o pidgin e os crioulos.
Muitos falam que não se pode dar com exatidão como se deu a criação dessas línguas, falando que a “aproximação da aproximação” entre as línguas africanas, por exemplo, os escravos que viviam perto de seus senhores falantes de francês, adquiririam essa língua como base e com a junção de suas línguas nativas teriam dado vida ao crioulo, entretanto outros estudiosos defendem que o crioulo seria uma sintaxe de todas as línguas africanas, misturando-as entre seus cognatos para que resultasse em uma língua de entendimento geral da comunidade ali presente.
Existem inúmeros “falar crioulo” espalhados

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