O Estrageiro de Albert Camus

705 palavras 3 páginas
No livro “O Estrangeiro”, de Albert Camus, o personagem principal, Meursault, acaba sendo preso. Após sua prisão, Meursault é interrogado diversas vezes antes de seu julgamento e uma dessas vezes ele é interrogado pelo juiz de instrução, ou, vulgarmente conhecido como Capelão. O capelão acaba tendo sua opinião influenciada por sua moral cristã, pois ele não aceita que Meursault seja ateu, já que o capelão é intolerante a outras religiões ou a falta dela. Logo há um conflito ético e jurídico no livro, fazendo com que a situação de Meursault piore.
Durante a interrogação, o Capelão pergunta a Meursault se ele acredita em Deus e, obviamente, Meursault diz que não acredita em Deus. O Capelão fica pasmo e abismado com a resposta de Meursault, pois, além de intolerante, o Capelão é fortemente ligado ao Catolicismo e ao ver um ser humano ateu, foi inaceitável para o Capelão. Logo após esta descoberta, Capelão tenta converter Meursault, pois de acordo com ele, não há homem suficientemente culpado para Deus, desde que, haja uma redenção sublime ao senhor divino, mas, Meursault não aceita que deus exista. Esta trama do Capelão tentando converter Meursault continua em todos os encontros entre eles, e como de habitual, Meursault não aceita converter-se ao catolicismo, logo Meursault ganhou um apelido cordial e afetivo do Capelão, Sr. Anticristo, evidenciando que a única religião permitida e, inclusive aplicada no Estado, naquela época era o catolicismo sem aceitar qualquer outra crença.
No entanto temos que pensar que a moral nem sempre se baseia na religião, pois moral é um compêndio de regras adquiridas através da cultura, educação, leis, tradições que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade, logo no caso de um Estado, a moral que deve prevalecer é a moral baseada em leis que atuam dentro do limite do Estado.
Além disso, a moral não deve se unir a religião, pois como já foi mostrado ao passar do tempo, quando a religião se difunde a qualquer outra

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