O Estado-Nação na época da globalização
RESENHA
No século XX, o Estado-Nação alcança desenvolvimentos excepcionais, descortina novas possibilidades de transformação, entretanto entra em crise de grandes proporções revelando-se um processo histórico-social problemático, atravessado por processos de integração e dissociação, desenvolvimento e distorção, acomodação e fragmentação.
Para o autor são poucas as nações, que alcançaram ou alcançam razoável integração entre a sociedade civil e o Estado. Na maioria dos casos, existem tensões, antagonismos e contradições muitas vezes no âmbito de regimes democráticos e, na maioria dos casos, em regimes autoritários. Os Estados nacionais da América Latina e Caribe fazem parte dessa história, desse jogo de impasses e busca de alternativas.
Em todos os casos, houve um empenho de formular soluções nacionais, tendo em conta o jogo das forças sociais internas e externas, nacionalistas em geral alimentadas, apoiadas ou mesmo criadas pela combinação do imperialismo, capitalismo, e socialismo no sentido de desenvolver projetos nacionais, orientados de modo a concretizar e desenvolver a emancipação e a soberania nacional.
Esses projetos nacionais foram apoiados em blocos de poder emergentes, combinando setores burgueses, de classes médias, operários, camponeses e intelectuais e outras alianças de classes sociais em busca por transformações socioculturais e político-econômicas antiimperialistas e em busca de novas perspectivas e afirmações de soberania, conquistas sociais, democratização.
Vale ressaltar, no entanto, que mesmo sofrendo graves distorções, sendo que alguns são literalmente derrotados e destruídos, devido à contra-revolução mundial