O escravo na grande lavoura
O texto o escravo na Grande Lavoura trata especificamente do escravo como principal força de trabalho desde o remoto tempo da colonização, as complexidades da relação senhorial e escravista, a escassez de mão de obra, o alto custo dos escravos, o sistema de parcerias, o fim do tráfego. E a gradual transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
O sistema escravista passou realmente a ser condenado no momento em que os novos grupos desvinculados da Grande Lavoura apontavam todos os aspectos desfavoráveis da escravidão. Sob a ótica de Emilia Viotti o escravo continuou em muitas partes, sendo a principal mão - de - obra, isso porque naturalmente, haviam importantes interesses ligados à escravidão. Afirma ainda, que o desenvolvimento da Grande Lavoura e o incremento do tráfego de escravos, foi favorecido de certa forma, em alguns casos, devido ao desaparecimento dos antigos monopólios comerciais e, sobretudo, da incorporação dessas regiões ao mercado europeu.
Portanto, a evolução para um trabalho livre foi dificultada, principalmente no Brasil, com a cultura do café. No momento em que o país se organizava como nação independente, muitas contradições foram detectadas, evidenciando o distanciamento entre a teoria e a realidade. O direito à propriedade, por exemplo, demonstra que o país mantinha escravizado mais de um milhão de homens.
O sistema escravista foi criticado após a Independência pelos líderes, que formados pela educação europeia, acompanhavam de perto os debates do parlamento britânico a favor do fim da escravatura. Não tiveram sucesso imediato, pois a escravidão continuou por mais um período de cinco anos. O povo não conseguia se sensibilizar com o sofrimento do escravo, somente tempos depois isso veio a acontecer até por alguns meio como a imprensa e a literatura.
As palavras que até meados do século ressoavam em espaços vazios comoviam multidões e provocavam debates efervescentes entre os parlamentares. Estas ganharam força e poder