O enigma de kaspar hausen - observações

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O ENIGMA DE KASPAR HAUSEN: OBSERVAÇÕES Kaspar, desde o seu nascimento, foi mantido em cativeiro e assim foi, portanto, privado do processo de socialização primária e assim não adotou os valores e padrões de comportamento do entorno social. Ele não tinha como absorver papéis e atitudes já que não tinha nenhuma figura de pai ou mãe.

Ele foi então libertado e encontrado, por volta de sua adolescência, em uma praça de Nuremberg, trazendo consigo poucos objetos. Nesse momento ele não tinha nenhuma noção dos padrões sociais como o tipo e horário de alimentação, quantas horas de sono devia dormir, sua mobilidade ou até mesmo conhecia questões de higiene como onde realizar suas funções fisiológicas.

Kaspar, apenas sabia pedir que o tornasse cavaleiro como fora seu pai, e por isso, foi identificado como um ser grotesco e diferente do meio sociocultural daquela região e época, pois não correspondia a construção social da tal sociedade.

Muitos o ajudaram em sua formação, o que correspondeu a uma socialização, mesmo que tardia, considerável. Já que o garoto passou a adquirir alguns comportamentos compatíveis com a realidade social. Porém muitos também o viam de maneira arredia e ele foi utilizado tanto como centro de pesquisas quanto como espetáculo de circo (pois naquela época o modelo de circo girava em torno da exposição de casos anômalos, diferentes).

Ainda que todos soubessem das limitações que sua vida anterior, os esforços em transformar ele em um cidadão daquela cidade não foram poucos nem pequenos. Após ser abrigado, por um professor que se tornou seu tutor, Kaspar Hauser aprendeu a falar, a andar, a tocar instrumentos entre outras atividades dignas da sociedade. A partir dessas novas experiências e observações, Kaspar passou por um processo parecido com a socialização secundária, por promover novos questionamentos sobre as coisas mundanas das quais

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