O DSM-IV: Uma metafísica Comportamentalista?

681 palavras 3 páginas
O DSM-IV: Uma metafísica Comportamentalista? FENDRIK, Silvia. O Livro Negro da Psicopatologia Contemporânea.

Até a primeira metade do século XX, a psiquiatria americana não tinha um sistema de classificação de comportamento sob o nome de "transtornos mentais”. Seus diagnósticos seguiam os critérios da psiquiatria clássica e, mais recentemente, da psicanálise. Mas, como consequência dos estragos psíquicos que a Segunda Guerra Mundial produziu nos soldados e nas famílias e no conjunto da população civil. A ansiedade/angústia pode se expressar diretamente nos comportamentos, mas também pode ser “inconsciente” e estar controlada por mecanismo de defesa. À ansiedade difusa chamam de neurose de angústia e à ansiedade centrada em um objeto chamam de fobia (p. 29).
Em 1958 – durante a guerra do Vietnã todas as mudanças e alterações comportamentais, vê-sea luz o DSM-II, que apesar do progresso “empirista” que permite “reconhecer” novas desordens nas condutas, continua tendo menos de 150 páginas. A maior novidade é que na ansiedade de tipo neurótico começaram a se estabelecer graus diferentes. O DSM-II diz que se trata de “algo inconsciente” que faz com que o sofrimento não corresponda a um perigo real. As mudanças nosDSMs vão sendo produzidas para encontrar sinais de “transtornos” mais objetivos, mais observáveis, mais mesuráveis e em maior quantidade (p. 30 e 31).
Alguns, talvez mais do que o admitam, foram abandonando progressivamente o DSM Bingo! Como garantia de um diagnóstico certeiro e infalível e voltaram a confiar no “olho clínico” que antes lhes permitiam escutar os pacientes – anamnese – para “ver” o que dizem. A dificuldade de o limite entre ordem e desordem, utilizando o DSM se faz cada vez mais difícil e a proliferação das categorias se presta a uma grande ridicularização, mas não a uma diminuição da onda expansiva (p. 32).
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