O destino do homem no mundo
Vocação é um chamamento, uma destinação e um futuro. Perguntar pela vocação de alguma coisa ou de alguém é perguntar a que ele está destinado e a qual futuro está chamado. A vocação orienta-se eminentemente para um futuro. Deve realizar-se no presente, mas sempre como abertura e chance para o futuro.
Por vocação transcendental e escatológica da criação entendemos aquela vocação que se apresenta como a derradeira (escatológica) e que transcende (transcendental) às vocações e os fins imediatos e penúltimos que ela possa ter.
1.1 Em busca de sinais precursores
A sociedade atual e futura, empírica, mundana, humanística, pragmática, utilitária, epicuréia e hedonista afogou a sensibilidade para a pergunta de um sentido radical e último da realidade total que a cerca.
Alguns teólogos, apressados e impressionados, tiraram as consequências dessa verificação, solicitando uma solene e pública profissão de fé. A morte de Deus é um fato histórico no mundo, na história e na existência. A conseqüência de sua morte na nossa cultura consiste na perda da jovialidade. Esta representa o momento de transcendência e gratuidade que irrompe dentro da monotonia da vida e que faz a sociedade exclamar “apesar de tudo, vale a pena viver”!
O mundo deixou de ser transparente para Deus: a realidade transformada pelo trabalho fala mais do homem, o artífice, que de Deus, o Criador. Deus se evadiu do horizonte da consciência histórica. Embora não seja um ausente, é, contudo um invisível em meio ao mundo científico-técnico.
O fator determinante reside na preocupação com tarefas de construção e planejamento da realidade mundana e social. O econômico e o político constituem a infra-estrutura das demais determinações culturais. O religioso e o cultural assumem caráter adjetivo, foram privatizados e deixados à esfera do pessoal e individual.
Ademais, o homem moderno teve a amarga experiência do absurdo coletivo, da