O descobrimento e o valor do eletromagnetismo
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Edição 54 - Julho de 2010
Por Weruska Goeking
Entenda como as duas ciências – eletricidade e magnetismo – mudaram o curso da humanidade e como seu desenvolvimento levou ao avanço de tecnologias que transformaram a sociedade. Brincar com um imã observando como seus polos podem se atrair ou se repelir muitas vezes é visto como um gesto banal. Mas a observação mais atenta desse fenômeno foi responsável por iniciar um processo de estudos e experimentos que levaram ao desenvolvimento de muitas tecnologias e confortos que temos hoje. Equipamentos como o rádio, o capacitor, o gerador, o relé eletromagnético e o transformador não teriam sido criados não fosse o longo caminho percorrido por diversos cientistas que estudaram as propriedades e as possibilidades do magnetismo e da eletricidade.
Mas a pesquisa, separadamente, do magnetismo e da eletricidade não seria o bastante para a invenção desses equipamentos, que só existem graças ao eletromagnetismo, que é justamente a junção dessas duas ciências. Assim, para entender a história desse fenômeno, é preciso conhecer o processo de descoberta e desenvolvimento dessas duas matérias para, a partir disso, entender seu uso em conjunto e a compatibilidade entre aparelhos elétricos e eletrônicos.
A trajetória não foi fácil e, por muito tempo, o magnetismo e a eletricidade trilharam caminhos completamente diferentes um do outro. A história tem início no ano 600 AC, quando Tales de Mileto dá o pontapé inicial para o estudo da eletricidade ao se tornar o primeiro pensador a estudar as propriedades de atração e repulsão resultantes do atrito entre diferentes materiais, em particular o âmbar. A partir de sua experiência, diversos estudiosos voltaram seus esforços para a criação de um meio para produzir eletricidade continuamente. Essa busca era importante, pois a energia contínua permitiria a execução de diversas experiências.
O magnetismo surge 500 anos depois