O corpo na poesia de valdelice pinheiro
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O CORPO NA POESIA DE VALDELICE PINHEIROGeraldo Francisco dos Santos[1]
RESUMO
O presente trabalho, baseado em estudo bibliográfico, reflete sobre a poesia da professora itabunense Valdelice Pinheiro. Em sua expressão poética, o corpo é trazido à lembrança e é registrado na escrita como fonte inesgotável de experiências, lembranças e sensações. Toma como pressupostos teóricos os estudos de George Lakoff e Maurice Merleau-Ponty sobre metáfora e fenomenologia, respectivamente.
Palavras-chave: Poesia. Valdelice Pinheiro. Corpo.
ABSTRACT This work is based on a bibliographic study and makes a reflection about the poetry of a teacher from Itabuna, Valdelice Pinheiro. In her poetical expression, the body is brought to mind and it is registered in the writing as an endless source of experiences, remembrances and sensations. The theoretical assumptions are George Lakoff’s and Maurice Merleau-Ponty’s studies about metaphor and phenomenology, respectively.
Key-words: Poetry. Valdelice Pinheiro. Body.
A poetisa Valdelice Soares Pinheiro, filha de Vital Alves Pinheiro e Mariana Soares Pinheiro, é natural de Itabuna-Bahia. Licenciou-se em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, vindo a lecionar as disciplinas Estética e Ontologia na Universidade Estadual de Santa Cruz. Faleceu no ano de 1993 e, durante sua vida, escreveu e publicou dois livros de poesia De Dentro de Mim (1961) e Pacto (1977); dois ensaios Ser e Evolução (1973) e Retomada (1984). Além disso, escreveu diversos poemas e textos para jornais e revistas. Deixou inédito um espólio em material com cerca de 1450 peças, entre escritos, desenhos e fotos, sendo que, deste total, 1196 são textos manuscritos. Deste total, registram-se “[...] 641 poemas e 555 textos poéticos (prosa poética, meta-textos, textos de auto-reflexão)” (SIMÕES, 2002, p. 25). Todo esse material encontra-se arquivado atualmente no Centro de Estudos Filosóficos –