O Conceito ou conhecimento mítico IN: Curso de Metodologia Científica.

GUEDES, E. M. O Conceito ou conhecimento mítico IN: Curso de Metodologia Científica. 2 ed. Curitiba: HD Livros, 2000, p 64-75.

A abordagem sobre o mito fica muito abrangente. No início do texto o autor conceitua o mito como algo fantasioso, surreal, “uma história criada com fins lúdicos”. No conhecimento mítico, três processos são fundamentais: uma verdade; um indivíduo (ou um grupo) que tenham essa crença em comum; um indivíduo (ou um grupo) o qual possam identificar a falsidade dessa relação que até então era verdade. No ponto de vista de quem acredita no mito, ele é uma verdade absoluta. Mas para quem não acredita naquela determinada forma de pensamento, por ter o conhecimento necessário sobre o assunto, ele é mais um mito. Sendo o conhecimento mítico uma característica da sociedade humana, imaginar uma sociedade que viva sem a presença de mitos não passa de um mito. Pressupõe-se que o senso comum surgiu pouco antes que o conhecimento mítico, mas não se pode afirmar com certeza. O mito é usado também como uma “expressão de espiritualidade”, porém não se pode conciliar a relação fé e razão porque não há justificativa científica para nenhum tipo de fé. O conhecimento mítico quando compartilhado pela maioria dos membros de uma sociedade pode-se considerar também como um fator social, pois a partir dele identificamos várias culturas e suas peculiaridades. E também podemos encontrar mitos não civilizados que atentam à vida humana. O mito influencia na alegria e no bem estar das sociedades. O mundo inteiro vive com um pouco do conhecimento mítico, cada um com suas peculiaridades. De maneira geral, é essencial na vida social que se tenha o conhecimento mítico, pois eles “dão a alegria de viver e ditam a razão da existência”.

Jannerson Xavier, Campina Grande, novembro de 2013.