O conceito de justiça de rawls
ntrodução
A obra de John Rawls gera polêmica e paga pela ousadia em tecer considerações sobre assuntos de nossa época, esta que, apesar dos grandes avanços científicos e técnicos, deixa ainda subsistir enormes populações com enormes carências, para as quais a justiça distributiva ainda não chegou ou ainda não é suficiente. Claro é que uma teoria sobre a justiça não resolverá os problemas, não porque se trate de uma teoria como pensam os ingênuos idealistas. Não é seu papel primordial resolver os problemas, mesmo porque, uma fundamentação teórica contribui tão somente para uma prática mais adequada, na medida em que, por meio da reflexão e da clarificação conceitual os seres humanos buscam alternativas para resolver suas necessidades, visando a estabelecer acordos sobre diversos assuntos para melhorar nossa vida ou tratar de serem menos infelizes. Nesse sentido, pode-se afirmar que a obra paga um preço a sua época, por intentar ajudar os juristas, os políticos, os economistas e a quaisquer outros estudiosos de boa-fé e com vontade de lograr um pouco mais de justiça em nosso atribulado mundo.
A obra de Rawls tem granjeado créditos não somente pela fama do próprio autor, senão porque, implicitamente, estudiosos de diversas áreas reconhecem a urgência de refletir sobre o tema, auxiliando a realizar trocas benéficas às sociedades a que pertencem. Em um mundo plural como é o de hoje, requer-se um esforço intelectual para encontrar caminhos que permitam um diálogo entre os homens que nascem, vivem e morrem nos contextos culturais tão diversos, como conseqüência das grandes trocas cientifico-tecnológicas, os processos de intercomunicação e globalização devem mostrar-se como caminhos para resolver os citados conflitos e diferenças. È dever do jurista opinar para soluções de nossos problemas futuros, na medida em que utilize as ferramentas da ciência, lógica e filosofia postas ao serviço dos demais. O afirmado pode parecer idealista, não