O computador estético

O computador estético
Por Thiago Monteiro Experiência estética é um encontro que não consiste em assimilar ou integrar a beleza que nos proporciona a natureza ou a arte, mas em participar no mundo natural e no mundo artístico, ou seja, não é a beleza da natureza ou da arte que entra em nós; nós é que entramos nesse mundo. Esta participação é possível porque o sentir estético é um sentir aberto à natureza e à arte.
A experiência estética é altamente subjetiva e torna a realidade mais leve, confere novo sentido as coisas que podem nos mostrar perspectivas diferentes da realidade. O sentir estético possui, pois, um carácter experiencial e não puramente conceitual. Não é só o nosso intelecto o destinatário dos objetos, mas é toda a nossa pessoa que é afetada por eles. Através do sentido estético chegamos ao desfrute da experiência estética. Seja ela vendo uma obra de arte exposta no museu, seja ouvindo uma música. Mas desde 1971, com o lançamento do primeiro computador pessoal, chamado Kenbak-1, passando pelo primeiro Macintosh, até os dias de hoje, com o advento da internet e com poderosíssimos processadores e pequenos gadgets, como por exemplo o IPAD, nota-se uma mudança radical em como passamos perceber a experiência estética.
Seja pela comodidade que o computador pessoal traz ao usuário, de nao precisar mais sair de casa para conhecer coisas novas, ou seja, a presença física ficou ainda mais desnecessária, ou seja pela velocidade do fluxo de informação, que no espaço-tempo de um clique no mouse, descobre-se novos links e sites.
Além da própria estética de conteúdo, é possível notar uma estética das ferramentas de informação. Os meios pessoais de comunicação estão tão interativos que é possível afirmar que há nesse contato uma experiência estética explicita. O advento do touch screen se mostrou extremamente inebriante, sendo por vezes o diferencial na compra. O tela sensível ao toque inaugurou uma nova moda, um novo modo de pensar design e implementou