O cinema chinês: da política e da censura à busca da bilheteria (1978-2007)

376 palavras 2 páginas
Neste capítulo Glachant aponta o quão político é o cinema chinês. Um cinema que, comandado pela censura, e mais difusor de idéias políticas que qualquer outra coisa, ressurgiu em 1978 quando o Instituto de Cinema de Pequim reabriu suas portas após um período escasso de produções. Havendo na seqüência o surgimento de uma nova geração artística – a quinta geração: alunos recém formados no Instituto de Cinema passaram a produzir filmes.

Dentre as crises enfrentadas pelo cinema chinês, a autora destaca a que surgiu a partir do ano de 1980 quando o país passou a se abrir à economia de mercado e os estúdios deviam conseguir fundos para as suas produções, que deixaram de ser o maior atrativo do público e precisavam criar para si um cinema mais comercial – os filmes, que sofriam limitações China, foram bem recebidos no exterior – o que foi motivo de crítica por parte da imprensa e de alguns artistas.

Em 1989, após uma grande manifestação que pedia a abertura econômica da China – a democracia, surgiu a sexta geração, a produção independente e o cinema underground: filmes produzidos ilegalmente e filmografias contra o governo chinês foram feitos, o que não foi bem recebido, fazendo com que diferentes formas de intimidação e controle, que não obtiveram sucesso, principalmente após o surgimento da tecnologia digital e da entrada da China na Organização Mundial do Comércio, fossem lançadas pelo Governo. O surgimento e o incentivo do cinema multiplex, que fez com que os preços dos ingressos se elevassem, estimulando o consumo de DVD´s piratas, também é citado no capítulo.

Para findar a autora informa que em 2004, com o surgimento de uma nova geração política, as proibições feitas aos cineastas undergrounds foram retiradas e os investidores passaram a trabalhar com a geração antes banida com um único interesse: o recebimento de honrarias internacionais, – mas os desafios enfrentados pelas produções chinesas se arrastam até os dias atuais: o cinema arte não tem espaço no

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