O Choro - Gênero Musical

O Choro

Gênero que foi datado com o seu surgimento no final do século XIX, entre 1845 desde que a polca foi dançada pela primeira vez no Teatro São Pedro e o início da década de 1870, brotando de uma consequência artística do momento em que se vivenciavam inúmeros eventos relevantes para a época.
Época em que chegava ao Brasil com a abertura dos portos o ingresso à cultura europeia, suas danças, partituras e a vinda das orquestras.
Usando as danças importadas da europa como: schottische, tango, mazurca, valsa e a própria polca já citada, com sua estrutura melódica e esquema de modulações, quando se entrelaçam com os ritmos e ações oriundas da cultura afro-brasileira, nasce o gênero característico brasileiro denominado “choro”.
Existe uma série de fatos que explicam o surgimento da terminologia da palavra “choro”. Palavra derivada do verbo “chorar”, alguns especialistas dizem que essa designação é em pró ao som melancólico, apesar do caráter jovial do gênero. Outros dizem que o choro tem uma ligação direta com as danças ou festas afro-brasileiras denominadas “xolo”, ou com as “charamelas” grupos instrumentais. Há também uma possibilidade da palavra nascer de uma ligação com o latim, chorus melleus (doces sons).
O choro foi formado por compasso binário, com um fluxo de semínimas distribuída em três partes; melodia, ritmo de acompanhamento sincopado e uma textura polifônica, com a estrutura em geral também se dividindo em três partes organizadas em forma de rondo, ou seja, uma forma informal que pode se apresentar como A-B-A-C-A-D-A um tema chamado de (A), após seu fim apresenta um novo tema (B) depois retorna ao tema original (A), e após introduz um novo tema (C) e assim por diante.
Segundo Adalmo Prince no livro: “Linguagem Harmônica do Choro”, as ocorrências harmônicas mais frequentes são: acordes diatônicos; V7; II V; cadências deceptivas; diminutos; sub V7; II sub V; acordes # IV; acordes de empréstimo modal; poucos acordes auxiliares; raros camuflados;