O Casamento Grego3

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O Casamento Grego O casamento na Grécia Antiga simbolizava a passagem dos jovens noivos para a idade adulta. Como instituição social, tinha um claro objetivo: a continuidade da família do marido pelos filhos gerados e, consequentemente, a manutenção dos bens. Por isso, os jovens não podiam escolher livremente seu marido/esposa, mas quem o fazia eram suas famílias. Os pais procuravam a companheira ideal para seus filhos e, após encontrá-la, estabelecia-se o enguíesis, ou seja, um contrato de noivado. A partir deste momento, a família do noivo já tinha autoridade sobre a noiva. Este contrato era realizado sem a presença da noiva, apenas entre o futuro esposo e seu pai. Era nesta parte do rito matrimonial que o dote feminino ficava estabelecido. O dote era um elemento indispensável para o casamento. O pai da noiva oferecia o dote ao noivo como uma forma de recompensa pela manutenção da esposa, por isso, caso ocorresse um divórcio, o marido deveria restituir à esposa o valor do dote. O casamento ocorria algum tempo após o contrato de noivado. Na véspera da cerimónia de casamento as famílias dos noivos realizavam sacrifícios (proteleia, programia) a divindades como Hera e Zeus (deuses do casamento), a Ártemis (deusa da virgindade) e a Ilítia (protectora dos partos). Era habitual que a noiva oferecesse todos os seus brinquedos à deusa Ártemis, simbolizando o fim da sua infância. Os noivos tomavam um banho ritual de purificação com água da fonte Calírroe transportada em vasos especiais (os lutróforos) por mulheres em cortejo. No dia do casamento as casas dos noivos eram decoradas com ramos de oliveira e de loureiro. O pai ou tutor da noiva oferecia um banquete. Durante o banquete a noiva tinha a cara coberta por um véu e uma coroa na cabeça. Um menino que tinha sido escolhido por ter os dois pais vivos oferecia aos convidados pão que tirava de um cesto, ao mesmo tempo em que declarava uma fórmula ritual ("Eu bani o mal e encontrei o bem").
Podemos reconstituir os

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