O cangaço

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O cangaço

A prática do cangaço marcou um interessante momento da História do Brasil. Grupos de homens armados vagueavam pelos sertões, principalmente do Nordeste, buscando meios de sobrevivência, e o enfrentamento dos poderosos com o uso de suas armas e de sua coragem. Porém, seria somente dessa maneira que poderíamos compreender a prática do cangaço?

O próprio termo “cangaceiro”, em suas origens, faz referência ao termo “canga”, peça de madeira usualmente colocada nos muares e animas de transporte. Assim, a palavra cangaceiro, originalmente, faz uma alusão aos utensílios que os cangaceiros carregavam em seu corpo. Além disso, essa idéia heróica sobre os cangaceiros é equivocada. Os primeiros cangaceiros de que se tem relato eram, de fato, “prestadores de serviço” aos chefes políticos locais. Perseguiam e matavam os inimigos políticos dos coronéis de uma região.

Somente nos primeiros anos da República Oligárquica é que os primeiros grupos independentes de cangaceiros surgiram. Através de práticas criminosas esses grupos constituíram um grupo social à margem das estruturas de poder e das relações sociais vigentes durante o tempo das oligarquias. De acordo com seus interesses, os cangaceiros estabeleciam alianças com aqueles que oferecessem vantagens econômicas ou proteção às suas atividades.

Dessa maneira, não poderíamos dizer que o cangaço foi um movimento essencialmente comprometido com uma determinada classe social. Um dos primeiros cangaceiros que se tem registro é Antônio Silvino. Buscando vingar a morte do pai, ele formou um bando que lutava contra a polícia, promovia assaltos e armava “tocaias” contra autoridades governamentais. Anos mais tarde, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, formou um dos maiores e mais duradouros grupos de cangaço existentes na região Nordeste.

Sua família, de origem pernambucana, já se envolvia com a prática do cangaço. Fazendo parte, inicialmente, do bando de Sinhô Pereira, Lampião aprimorou sua habilidade em

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