O Bom Selvagem Lobo de Homem

854 palavras 4 páginas
O BOM SELVAGEM LOBO DO HOMEM
Thiago de Lima Vieira1
Numa contemporaneidade atribulada, onde o “pensar” é cada vez mais necessário, eu, do alto de meus racionais pensamentos hobessianos, vejo certas vantagens no contrato social proposto por este inglês. Um contrato claramente racional e de natureza possessiva. Esse pensar racional, onde toda ação é justificada pela vantagem obtida no fim do processo é o contrato vigente por detrás da hipocrisia a qual eu mesmo propago e me apego – e diria que não sou o único a fazer isso, mas aí a discussão iria para outros caminhos -. Sou um daqueles que desilude os “românticos vontadinos” que comigo convivem.
Dentre outras, algumas lógicas de Hobbes são facilmente identificáveis nesse nosso tempo moderno – ou pós-moderno? -, como a não separação do corpo e da alma – algo que soa incrivelmente antropológico apesar de sua indiscutível racionalidade – afinal, nossa alma, em uma completa demonstração de possessividade, é parte da MINHA mecânica, da estrutura do corpo que habito, que usufruo, que SOU.
Lógico que, enquanto bom rousseauniano que sou, acho que há uma degeneração nessa existência social, nesse contrato estatal de soberania duvidosa, nesse agrupamento onde a liberdade é cedida para que continuemos livres. Muita contradição numa idéia só. Concordo com Rousseau quando ele fala que “o homem é bom, mas que a sociedade o corrompe”, afinal somos racionais latentes, logo nos tornamos socialmente organizados em potencial e, assim, temos um futuro degenerado a nossa espreita. Uma convivência social não pode ser benéfica pelo simples fato de que ela é externa, e estranha, a natureza humana, ela é unicamente um mascaramento das ações sociais individuais.
Acredito muito num contrato social que seja soberano. Não creio que as vontades sejam benéficas pra uma organização natural como o estado social. Esse corpo político se fez necessário quando houve esse ambiente de total liberdade. Liberdades são perigosas. A total liberdade é,

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