O antilegalismo na argentina

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O antilegalismo na Argentina
A Argentina, durante o período compreendido entre os anos de 1976 e 1983 mergulhou em um dos mais brutais e sanguinários episódios da sua história, a chamada ditadura militar. Esse tipo de regime autoritário, ocorrido também em outros países, inclusive no Brasil, usavam de um poder violento e desenfreado, com o pretexto de assegurar o bem da nação. Na Argentina, os tribunais civis ajudaram a acobertar o terror praticado pelo Estado. Um dos procedimentos mais comuns, era a captura de pessoas pelas forças policiais e militares, onde eram levados a um dos centros de detenção secretos, e lá eram interrogados e torturados brutalmente, para depois, sem nenhuma explicação, desaparecerem. Há a estimativa de que cerca de 30 mil pessoas foram mortas dessa maneira.
O regime instaurado pelo golpe militar de 1976, que derrubou Maria Estela de Perón, somente terminaria após a derrota na guerra das Malvinas com o Reino Unido. Antes do golpe fatal, porém, que acarretaria na instauração do novo regime, houveram dois outros golpes, de significativa importância, por seu caráter tão violento. Contudo, não obtiveram tanto sucesso quanto o último. Se o golpe de 1966 sofreu influência brasileira, o de 1976 foi mais influenciado pelo Chile. O novo regime argentino começou de forma altamente repressiva, como no caso do Chile.
O Tribunal Penal da Nação, que era constituído de três juízes em cada uma de suas câmaras separadas, estava autorizado a processar os acusados de determinados crimes cometidos em qualquer local do território nacional. Durou mais ou menos dois anos, e nos breves anos de sua existência, condenou, pelo menos, trezentas pessoas acusadas por crimes de motivação política. Esse tribunal operava com uma parcialidade semelhante à dos tribunais brasileiros e Chilenos. O Tribunal Penal da Nação foi criado em 1971, no governo de Lanusse. Também era chamado de "tribunal do terror" e tinha um duplo sentido na Argentina daquela época. Julgava

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