o amor

“Posso garantir que alguma coisa na tua cabeça é totalmente contra mim, e isso poderia ser até comum se fosse recíproco. Minha cabeça é totalmente ao teu favor, Robin, até mesmo quando eu aponto teus milhares de defeitos e escondo tuas qualidades. Na maioria das vezes tu fica distante e começa a ficar reclamona, discutindo por tudo e agindo como se quisesse me matar. Acho que as vezes tu para pra pensar no que ainda tá fazendo comigo, e começa a surtar achando que tá tudo errado. É angustiante ter que te dar tchau, e isso acontece de segunda à sexta. Até nos feriados. E te descrever o que é te dar um “oi” é meio impossível, já que isso raramente acontece. A verdade é que tu carrega os seus mil e alguns problemas dentro de si mesma, até mesmo teu perfume dedura o teu ar de menina encrenca. Daquelas que muda tudo de figura quando bem quer. Tu faz teu charme, achando que pode mudar o mundo ou a minha cabeça. E pode mesmo, pode até mesmo quando eu não mudo minha opinião de você ser doce como limão. Ou mole como uma rapadura. O teu mal, Robin, é ter coxas grossas e cintura bem dedilhada. Quando tu tá na tpm tua cabeça que já é contra mim, começa até a me odiar. Não que isso seja novidade, claro. Mas nos dias normais você coloca um short e minha mão pode passear tranquilamente pelo teu corpo. A única química boa que a gente tem é essa. Aí tu lança uma calça jeans, e quase não me deixa tocar em você. Me quebra quando faz isso, e tu sabe disso. Por isso que faz. Aí a gente começa a brigar, jogar o que não quer da cara do outro (ou até quer), mas depois até rola uma parte da minha mão numa parte da sua coxa. Esse parece que o nosso jeito de fazer as pazes, e aí acaba o dia sem eu ao menos saber como é a sensação de te dar um oi depois daquele tchau. Tu sabe perfeitamente que a gente não tem chance nenhuma, Robin. Deve ser por isso que a gente não sabe recomeçar com um “oi” como qualquer pessoa normal. Mas suas pernas soam muito melhor pra mim, e eu assumo mesmo sabendo que