O Amante

Marguerite Duras nasceu em 1914, em Gia Dinh, Saigon, numa colónia Francesa, sul do atual Vietname e faleceu a 3 de Março de 1996, com 81 anos, em França, vítima de um cancro. Para além de escritora, Marguerite, foi também autora de diversas peças de teatro, novelas, filmes e narrativas curtas. A obra que vou apresentar, O Amante, foi das mais conceituadas da autora. Foi traduzida para 43 línguas e adaptada para o cinema em 1992. Com esta obra a autora ganhou, em 1984, o Prémio Goncourt.

1 O Amante é uma obra de cariz autobiográfico, onde a autora nos revela um episódio da sua adolescência aos 15 anos. 2 A autora conta-nos que a sua família, após a morte do pai, caiu em desgraça. A mãe tornou-se uma pessoa meio desequilibrada, o irmão mais velho era viciado em droga, nomeadamente no tabaco, e no jogo e roubava aos criados e à própria mãe. Por sua vez, o irmão mais novo era um rapaz frágil a nível psicológico e tinha bastante medo do irmão. Era uma família bastante pobre. 3 Marguerite dormia num pensionato, em Saigão, mas estudava no liceu Francês. Como morava numa colónia Francesa, apanhava o autocarro em Sadec, onde a mãe dava aulas. Durante a travessia do rio Mékong, quando chegava à barcaça, ela saí sempre do autocarro. 4 Durante uma das travessias Marguerite foi olhada por um homem rico, que não era branco. Esse homem saiu da sua limusina e dirigiu-se a ela. Após conversarem, Marguerite ficou a saber que o homem era um Chinês, que tinha estudado em França, que pertencia a uma minoria financeira que detinha todo o imobiliário popular da colónia Francesa em Sadec. Ela concordou que o Chinês a levasse até ao pensionato, uma vez que ele também se dirigia para Saigão. Durante a viagem ele diz-lhe que tem saudades de Paris e fala-lhe um pouco da sua vida. Ele começou a ir buscá-la todos dias ao liceu para a levar ao pensionato. 5 Numa tarde, ela fugiu ao passeio obrigatório do pensionato para ir com ele até ao seu apartamento. Ele