O ABANDONO DAS PRESIDIARIAS P ELO SEUS FAMILIARES E COMPANHEIRO: DRAMA VIVIDO NO SISTEMA PRISIONAL

Faculdade de Tecnologia Internacional - FATEC

CÉLIA MEIRELES FERREIRA / RU nº 635.849

ABANDONO DAS PRESIDIÁRIAS PELOS COMPANHEIROS E FAMILIARES: o drama vivido no sistema prisional

Trabalho acadêmico apresentado como requisito para conclusão do Curso de Especialização em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família.

Belo Horizonte
2013
ABANDONO DAS PRESIDIÁRIAS PELOS COMPANHEIROS E FAMILIARES: o drama vivido no sistema prisional

Célia Meireles Ferreira1
Edna Slob2

RESUMO Este artigo, formulado a partir de pesquisas bibliográficas, pesquisa a internet e dados extraídos ao longo do exercício da função de enfermeira junto ao Presídio de Vespasiano, localizado no Município de Vespasiano no Estado de Minas Gerais, se propõe a investigar a qualidade da assistência prestada pelos profissionais que fazem parte da ressocialização, expectativas e as angústias vividas por essas mulheres na instituição acima descrita, visando uma humanização da assistência de enfermagem e desenvolvendo uma prática de cuidados voltados para a reinserção social. O estudo analisou 50 mulheres, cumprindo penas em regime fechado e semi-aberto no período de dezembro de 2011 à maio de 2012. Os atores da ressocialização se preocupam com o resgate dos vínculos familiares através da conscientização dos familiares e companheiros sobre a importância das visitas às presas, observam o comportamento das presas que não recebem visitas nas celas, trabalhar a autoestima destas mulheres, estabelecendo como rotina de trabalho na unidade prisional acompanhamentos e encaminhamentos para a equipe multidisciplinar.

Palavras-chaves: Mulheres. Criminalidade. Prisão. Abandono. Múltipla Punição.

INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 determina no art. 196 que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de riscos de doenças e outros agravos e ao acesso universal e
igualitário