M(E)U ARCO- ÍRIS
UNIDADE EM MONTENEGRO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM TEATRO: LICENCIATURA
NATHALIA SCAPIN BARP
PROFESSORA: TATIANA CARDOSO.
ATUAÇÃO I
MONTENEGRO
2013
M(EU) ARCO-ÍRIS Antes mesmo de começar a escrever, me vi em atrito. Não se trata de um atrito de pensamentos, pois eu e "eles" já ultrapassamos algumas duras barreiras de atrito nessa minha breve trajetória, mas hoje nos encontramos em harmonia, pelo menos na maioria da vezes. O atrito desta vez foi com as palavras. Tenho aderido nestes últimos tempos um modo de pensar diferente. Iniciei um processo de contato diário entre o pensamento e o corpo, e quando percebi, eu já não pensava mais com as palavras e sim com o corpo; o pensamento do corpo. As vezes penso em forma de imagens também, algumas sensações também tem invadido meu pensamento, penso em forma de som, cheiro e textura. Eis aí meu embaraço: como explicar o meu modo de pensar? É difícil, as palavras são ambíguas. As palavras me confundem. Entretanto, a linguagem é o principal veículo de comunicação entre nós seres humanos, me parece impossível fugir das palavras, é através delas que tenho a possibilidade de transmitir o que considero útil, mesmo que de uma forma equivocada ainda. Mas prometo tentar não me equivocar tanto. O arco-íris não passa de um fenômeno meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro contínuo quando o sol brilha sobre as gotas da chuva. Todos sabem que o arco-íris é apenas um fenômeno, porém quando ele aparece, ele sempre é visto como algo esplendoroso. O arco-íris se torna assunto. Quando vemos o arco-íris, algo diferente acontece, é como se houvesse uma necessidade de compartilhar isso com alguém. Pense bem: você está na rua com um amigo, e de repente você vê um lindo arco-íris surgindo no céu, o primeiro impulso - ao menos para mim - é o de cutucar a pessoa e dizer: " Olha o arco-íris! ". Por que compartilhamos o