Individualismo e Cultura
Para entender o funcionamento do mundo contemporâneo o individualismo nas culturas se torna cada vez mais importante. O termo individualidade serve para caracterizar o que constitui o indivíduo, ou seja, a personalidade de cada pessoa. Já o individualismo se trata da existência individual, do sentimento ou conduta egocêntrica. Alguns pontos de vista dos antropólogos contemporâneos. Dumont reflete sobre o holismo sendo de caráter das sociedades tradicionais e sobre o individualismo sendo o caráter do mundo moderno e ocidental, tendo com valor supremo o indivíduo, Para ele, a gênese do individualismo se encontra no cristianismo. Stolcke diz que o individualismo moderno é “inconsciência do social”. E que a gênese do individualismo está na emancipação política e econômica. Simmel faz uma abordagem mais compreensível sobre modernidade e contemporaneidade. O Autor afirma que a importância do indivíduo na sociedade é somente de um ser estatístico, como sujeito de troca, onde a sociabilidade só se dá com a expressão. Portanto, coloca o sujeito fora da sociedade no sentido espiritual e reflexivo. Então, a cultura do dinheiro é o fator individualizador dos homens. Sahlins vem mudando essa idéia de que globalização como processo de uniformização levaria a disfunção da antropologia, já que levaria ao fim da cultura e esta é o objeto da antropologia. Para ele, esse processo de globalização é também um processo de diversidade cultural. A globalização é o estado atual da hegemonia capitalista e a idéia de indivíduo nesse estado é a de ser mundial, ou não genérico. No geral, a sua afirmação e a negação do pessimismo. Geertz tem a perspectiva de que o indivíduo é como um ser simbolizante. Os símbolos carregam significados e estes significam na cultura.