Adorno no Século XXI e As Boybands da América Latina

1902 palavras 8 páginas
Adorno no Século XXI e As Boybands da América Latina

Por
ISADORA SILVA VILARDO
DRE: 112190723

Trabalho apresentado à Professora Suzy Santos, no curso de Sistemas e Tecnologias da Comunicação.

Escola de Comunicação UFRJ
2013.1
Este texto foi escrito pensando na possibilidade de Adorno estar vivo nos dias de hoje, e em moldes de uma publicação informal, tentando abordar seus principais conceitos na análise de quatro grupos musicais (Tremendos, Menudo, Dominó e Restart) e de reinterpretações conceituais que não poderiam ter sido pensadas pelo teórico.

As luzes se acendem numa posição igual, em um palco igual, com artistas iguais entrando em foco há mais de trinta anos. Na verdade, o tempo é um palpite um pouco arriscado, pois é impossível dizer qual foi o primeiro grupo de grande sucesso de garotos de rostinho liso e cabelo picotado rebolando ritmos dançantes no centro das atenções. Provavelmente, pouco depois da invenção da lâmina de barbear; ou antes até, se a genética houvesse os abençoado com o estilo certo na época das cavernas.
O díficil é imaginar que algo tão enlatado e simplório fosse entrar em foco antes da indústria cultural existir. Antes que outros homens barbudos, de terno riscadinho entrassem em salas de empresas para realizar pesquisas de mercado e determinar que tipo de entretenimento quem vai comprar.
E quando finalmente as luzes estão acesas, aos olhos parece arte fresca, novidade colorida pulando como pipoca, o hit do momento, inédito – excluindo-se é claro as milhares de vezes anteriores em que já se viu a mesmíssima coisa.
Fora da história, fora do contexto, todos meninos de cabelo picotado são diferentes e especiais. Badalados e contando novos views a cada segundo, com poucos meses vão caindo no esquecimento e entrando na fase menos agradável do ciclo da cultura descartável industrial. Produzida aos montes, pela técnica

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