a ética e a psicologia comunitaria
Psicologia Comunitária surgiu desde 1975, com o propósito de um novo fazer da Psicologia Social, alguns psicólogos de distintos países latino-americanos preocupavam-se com os escassos resultados sociais da Psicologia Social tradicional, tendo sempre grande necessidade de superar os graves problemas sócio-econômicos sofrem todas as regiões. A Psicologia Social busca defender a diversidade cultural e focar no contexto e na ideologia como questões que deveriam ser centrais na área. Preocupava-se também com uma relação mais ativa e comprometida dos Psicólogos com os problemas da sociedade. Psicologia Comunitária compreende hoje um conjunto de concepções relevantes para o esforço de delimitar seu campo de análise e aplicação. Quintal de Freitas – “A psicologia (social) comunitária utiliza o enquadre teórico da psicologia social, privilegiando o trabalho com os grupos, colaborando para a formação da consciência crítica e para a construção de uma identidade social e individual orientadas por preceitos eticamente humanos.” (1996:73).
A Psicologia Comunitária no Brasil:
Contrastando com a riqueza do país, com o porte de suas cidades principais, com seu parque industrial e seu avanço científico-tecnológico, são comuns situações de desrespeito à vida e à dignidade. Morrem crianças e adolescentes assassinados, presos são torturados em cárceres degradantes, mulheres e meninas se prostituindo por um prato de comida. As injustiças são grandes e muito há que se fazer, pois o problema da exclusão social vem de muito longe em nossa história (Alencastro, 1996). A Psicologia Comunitária adquire sua particularidade a partir desse contexto histórico-social e econômico. Surge da problematização psicossocial da vida dos brasileiros, realizada por psicólogos comprometidos com a busca de soluções para os graves problemas sociais do país.