A ética segundo s. tomás de aquino o mal e o bem o mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. neste aspecto, s. tomás de aquino segue s. agostinho na teoria da não-substancialidade do mal, em confronto

2200 palavras 9 páginas
A Ética segundo S. Tomás de Aquino
O Mal e o Bem
O mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. Neste aspecto, S. Tomás de Aquino segue S. Agostinho na teoria da não-substancialidade do mal, em confronto com as ideias de Mani (maniqueísmo). Também esta ideia é-me agradável; o mal não é intrínseco ao ser humano senão na sua condição de ignorância ou ausência de sabedoria, da mesma forma que o mal é a ausência do bem.
S. Tomás de Aquino existem duas espécies de “mal”: a “pena” e a “culpa”. A “pena” tem em Aquino um significado parecido no Budismo com o de Kharma; a “pena” é a deficiência da forma ou de uma das suas partes, necessária para a integridade de algo. A “culpa” é, dos males, o maior ― que a providência tenta corrigir ou eliminar com a “pena”. Para S. Tomás de Aquino, só lhe faltava reconhecer a reencarnação para transformar a “pena” em Kharma e a “culpa” em Samsara.
Para S. Tomás de Aquino, a “culpa” é o acto humano de escolha deliberada do mal; a “culpa” não é inconsciente: o ser humano com culpa sabe que a tem, através da “consciência”. Contudo, o ser humano é dotado de capacidade para distinguir o Bem, e naturalmente tende para ele; assim como o ser humano tem uma aptidão natural para entender os princípios da ciência, essa mesma aptidão serve também para o ser humano entender os princípios práticos dos quais dependem as boas acções. Através da sínderese ― que é exactamente essa aptidão prática que permite ao Homem distinguir o Bem — o ser humano tende a rejeitar a ausência de Bem.
Ao contrário do que defende o naturalismo ateísta contemporâneo, S. Tomás de Aquino distingue a liberdade do ser humano da falta de liberdade do resto da natureza. As potências naturais (as faculdades naturais) não têm possibilidade de escolha nem têm liberdade; agem de um modo constante e infalível como agem os agentes que a Física ou a Química observam. Contudo, as potências racionais podem agir em vários sentidos segundo livre escolha. O habitus, segundo

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