A volta da inflação assusta muito e as medidas do governo para contê-la não surtem o efeito desejado.

Tema da Redação: A volta da inflação assusta muito e as medidas do governo para contê-la não surtem o efeito desejado. Comente a frase sob a perspectiva de negócios

Na luta contra a inflação, as medidas do governo encalham nas prateleiras
A alta constante dos preços, a possível falta de autonomia do Banco Central frente às forças políticas do governo e o baixo crescimento da economia brasileira fazem com que a cada dia o fantasma da inflação se torne ainda mais presente na vida da população brasileira. Essa preocupação é evidenciada pela recente divulgação do IPCA, que foi apresentado acima do teto da meta definida, em torno de 6,5%, e a queda nas projeções de crescimento do PIB brasileiro, que está em 2,7%, segundo o último relatório de inflação do Banco Central divulgado em 27/6.

Apesar dos esforços feitos pelo governo para aceleração da economia, como a redução dos impostos de itens da cesta básica, veículos, linha branca e energia, o mercado não respondeu positivamente e, com isso, a sensação de incerteza continua a se alastrar entre os investidores e empresários. O cenário político nacional conturbado também faz com que esta situação fique ainda mais volátil e a insatisfação da população com os governos nas três esferas de poder cresce ainda mais. Com isso, o foco das atenções da presidente Dilma voltou-se para as manifestações populares e a falta de credibilidade da economia faz com que alguns analistas temam que o crescimento do Brasil fique abaixo de 2% em 2013.

Por isso, com este cenário aliado à volatilidade cambial, torna-se cada vez mais importante que o governo adote uma posição mais firme para controlar a inflação e deixar de lado a desculpa de não tomar medidas mais drásticas para evitar a queda do crescimento. Para isso, é necessário implantar uma política de corte de gastos públicos e provocar um verdadeiro regime dentro das gordas contas do governo antes de perdas ainda maiores para a indústria e o comércio, que têm apresentado indícios