A utilização de artes e músicas na alfabetização
A brincadeira e o jogo consistem-se uma necessidade humana e interferem diretamente no desenvolvimento da imaginação, da representação simbólica, da cognição, dos sentimentos, do prazer, das relações, da convivência, do movimento e da auto-imagem do individuo.
Todo o desenvolvimento que a brincadeira traz para os indivíduos é pré-requisito para a alfabetização. Vigotsky afirma que a brincadeira simbólica é o jogo formam uma zona de desenvolvimento proximal que pode se construir o ponto de partida para a aprendizagens formais.
Para Piaget por meio do jogo a criança assimila o mundo para atender seus desejos e fantasias, o jogo segue uma evolução que se inicia com os exercícios funcionais, continua no desenvolvimento dos jogos simbólicos, evolui no sentido dos jogos de construção para se aproximar, gradativamente, dos jogos de regras que dão origem à lógica operatória. Nos jogos de regras existe algo mais que a simples diversão e interação, pois, eles revelam uma lógica diferente da racional.
Este tipo de jogo revela uma lógica própria da subjetividade tão necessária para a estruturação da personalidade humana quanto a lógica formal, advinda das estruturas cognitivas.
Para Gonçalves os jogos de regras podem ser considerados o coroamento das transformações a que a criança chega quando atinge a reversibilidade do pensamento.
Para Macedo no jogo de regras o conseguir jogar é compreender o seu fazer implica em assimilação recíproca de esquemas e coordenação de diferentes pontos de vista. A coordenação de pontos de vista permite o desencadeamento do sujeito e a possibilidade de reciprocidade interpessoal com seus parceiros de atividade.
Brenelli assinala que conhecer os meios empregados para alcançar o objetivo do jogo, bem como conhecer as razões desta escolha ou de sua modificação, implica uma reconstrução no plano da representação do que era dominado pelo sujeito como ação. O processo de tomada de consciência pode