A transgressão dos parâmetros sociais nas obras de Flaubert e Aluízio Azevedo Madame Bovary e O Cortiço.

3321 palavras 14 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTE
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS

DÉBORA EDUARDA DE SOUZA CHÁVES
KAMILA NOGUEIRA PEIXOTO
LUIZA HELENA COSTA
RAFAELA STEFANNY DOS SANTOS ROCHA BARROS

A transgressão dos parâmetros sociais nas obras de Flaubert e Aluízio Azevedo: Madame Bovary e O Cortiço.

JOÃO PESSOA
2013
Resumo
Este trabalho visa o estudo das consideradas transgressões sociais causadas por personagens femininos que foram destaque no Realismo e no Naturalismo literário devido às suas atitudes pouco convencionais e deslocadas do conceito de moral e bom costume. Tal narrativa chocou não só os personagens, mas os leitores da época.
As obras utilizadas para tal serão Madame Bovary, romance de Gustave Flaubert publicado em 1857, e O Cortiço, obra de Aluísio de Azevedo que tem por ano de publicação 1890.

Palavras-chave: Transgressões. Sociais. Feminino. Realismo. Naturalismo.

I. Introdução

Dois momentos muito marcantes na historia da Literatura são os períodos de transição e os de ruptura com a sociedade. O Realismo, movimento que se iniciou fortemente na França do século XIX e que surgiu como um contraponto ao Romantismo, carrega em si a função de “desembelezar” a sociedade; Expor seus obscuros desejos, sua essência egoísta, a forma como as pessoas manipulam umas as outras, etc. Um dos pontos ferrenhos que contém crítica realista, porém, é a questão feminina.
A mulher passa a ter uma malícia que não era encontrada em nenhum dos movimentos literários anteriores. Ela detém o controle da situação, agora, ao contrário do que a sociedade patriarcal prega; Pela primeira vez, não será imaculada (como veremos em O Cortiço) e, quando o é, perde-se em meio à mesmice que é seu cotidiano e isso a faz procurar aventuras, autoafirmação e, especialmente, prazer com homens que estejam dispostos a dá-los e,

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