A sonoridade do poema

454 palavras 2 páginas
A sonoridade do poema pode ser altamente regular, muito perceptível, determinando uma melodia própria na ordenação de sons, ou pode ser de tal forma discreta que praticamente não se distingue da prosa.
O poeta pode obter o efeito desejado através da sonoridade das palavras ou fonemas; da prática da metrificação ou da sinestesia, que é a expressividade dos sons, da correspondência entre som e um sentido necessário a esse som o qual causa certa sensação.

RITMO
O ritmo é uma alternância de sons, ou seja, quando lemos um verso e, sobretudo um poema completo, o que nos prende a atenção é o movimento ondulatório que caracteriza o verso e o distingue de outro, a esse movimento chamamos de ritmo. Ritmo é, pois, uma alternância de sonoridade mais fraca e mais forte, formando uma unidade configurada.
Sendo assim, o ritmo está ligado intimamente à ideia de alternância: alternância de som e silêncio; de graves e agudos; de tônicas e átonas; de longas e breves. Um verso se compõe de sílabas ditas sílabas poéticas as quais não correspondem às sílabas gramaticais. Isso é, pela acentuação, diferenciam-se as sílabas tônicas das sílabas átonas o que irá formar as unidades rítmicas que são responsáveis pelo ritmo.
Dessa forma, a marcação rítmica parece associar a um movimento pendular, de relógio, ligado à ideia da espera noturna, reforçado pela organização dos níveis gramaticais no decorrer do enunciado.

MÉTRICA
Para que os versos se enquadrem em um número desejado de sílabas, normalmente o autor usa de alguns procedimentos funcionais, os quais têm por objetivo ampliar ou reduzir a sílaba métrica. A descrição teórica dos elementos estruturais da sonoridade, acima exposta, mostra que o poema em análise mantém uma estrutura decassílaba, na qual ocorre a junção de uma vogal de início ou final de um vocábulo com um artigo, ou entre dois vocábulos, como podemos observar:
Ex.: Onde o frouxo luar brinca entre flores.

Esse recurso funcional faz com que a estrutura

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