A sociedade depressiva

1494 palavras 6 páginas
A sociedade depressiva
A derrota do sujeito Atingindo no corpo e na alma por esta estranha síndrome em que se misturam a tristeza e a apatia de si mesmo. pg13 O indivíduo depressivo sofre ainda mais com as liberdades conquistados por já não saber como utilizá-las. pg13 Cada paciente é tratado com um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica.pg14 Se o ódio pelo outro é, inicialmente o ódio a si mesmo, ele repousa, como todo masoquismo, na negação imaginária da alternidade. pg 16 Às vésperas do terceiro milênio, a depressão tornou-se a epidemia psíquica das sociedades democráticas, ao mesmo tempo que se multiplicam os tratamentos para oferecer a cada consumidor uma solução honrosa. É claro que a histeria não desapareceu, porém ela é cada vez mais vivida e tratada como uma depressão. pg 17 A concepção freudiana de um sujeito do inconsciente, consciente de sua liberdade, mas atormentado pelo sexo, pela morte e pela proibição, foi substituida pela concepção mais psicológica de um indivíduo depressivo, que foge de seu inconsciente e está preocupado em retirar de si a essência de todo conflito. pg 19

Os medicamentos do espírito A partir de 1960, as substâncias químicas, ou piscotrópicos, modificaram a paisagem da loucura. pg21 Embora não curem nenhuma doença mental ou nervosa, elas revolucionaram a representação do psiquismo, fabricando um novo homem, polido e sem humor, esgotado pela evitação de suas paixões, envergonhado por não ser conforme ao ideal que lhe é proposto.pg 21 A princípio, a psicofarmacologia deu ao homem uma recuperação da liberdade. Postos em circulação em 1952 por dois psiquiatras franceses, Jean Delay e Pierre Deniker, os neurolépticos desenvolveram a faja ao louco. pg 22 A humanidade, ao longo de sua evolução, foi obrigada a passar pelas drogas. Sem os psicótropicos, talvez tivesse havido uma revolução na consciência humana, dizendo "não podemos mais suportar isso!" mas foi possível continuar a suportá-lo, graças aos

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