A revolução sandinista

2901 palavras 12 páginas
ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005.

A Revolução Sandinista e a Teologia da Libertação
Sandro Ramon Ferreira da Silva
Em seu livro Era dos Extremos Eric Hobsbawm afirma que tanto as esquerdas como as direitas de todo o mundo foram surpreendidas com o surgimento de um novo e inesperado aliado para revolucionários da América Latina na década 1970: a Igreja Católica.
Muitos padres e leigos ligados à Igreja foram influenciados por uma nova forma de ver e ser
Igreja no mundo contemporâneo: era a Teologia da Libertação1. Afastando-se da mentalidade mais conservadora que havia marcado a História da instituição, também nesse continente, passaram a lutar, antes de tudo, pela causa dos homens pobres da América
Latina. Hobsbawm chega dizer que “ouviu o próprio Fidel Castro, num de seus grandes monólogos em Havana, manifestar seu espanto com esse fato, ao exortar seus seguidores a acolher os surpreendentes novos aliados.” 2.
Partindo dessas primeiras informações decidi investigar qual teria sido a real importância desses religiosos ligados à Teologia da Libertação no surgimento dos processos revolucionários que estouraram em todo o continente após a Revolução Cubana de 1959.
O caso da Revolução Sandinista da Nicarágua, de 1979, pareceu-me o mais emblemático desses processos; pela grande participação dos padres da chamada Igreja popular. As pesquisas realizadas até agora permitiram-me analisar – embora de forma ainda inicial – a evolução do pensamento católico na América Latina e as relações entre a Igreja e o Estado na Nicarágua nos anos que antecederam à Revolução e durante o governo revolucionário; o papel dos padres progressistas na formação ideológica do novo regime; a polarização da Igreja naquele país e; por fim, a resposta conservadora da Sé Romana em relação à Teologia da Libertação.
A vitória de Fidel Castro e Che Guevara havia lançado um novo ânimo sobre as esquerdas latino-americana, que passaram a viver sob o mito

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