A revolução pernambucana de 1817
Com a expulsão dos holandeses e o declínio na produção e comercialização do açúcar, a província de Pernambuco sofreu uma crise econômica, obrigando o rei de Portugal a estabelecer um novo regime político (aquele que era focado na região centro-sul brasileira), além de cobrar altos impostos aos residentes. Mediante tanta insatisfação da população e problemas, os proprietários de terras, homens livres e outros, organizaram um movimento que eclodiu em 1817.
A chamada “Revolução Pernambucana” desejava a independência brasileira de Portugal e foi impulsionada pela crise na região, o absolutismo monárquico português, as ideias iluministas, a independência das colônias espanholas da América do Sul, a independência dos Estados Unidos, e teve como líderes: Domingos José Martins, Teotônio Jorge, José Barros Lima, Antônio Cruz, e os padres João Ribeiro, Miguelinho e Pedro de Souza Tenório. Depois de um grande confronto com o então governador da província, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, os rebeldes organizaram um governo provisório que durou 75 dias, com representantes de várias classe sociais.
Tal governo ficou encarregado de elaborar novas leis, obter o apoio da população e das elites locais, além de que, libertou os presos políticos, aumentou os soldados, aboliu os títulos de nobreza, cedeu o direito à liberdade de imprensa, extinguiu alguns impostos e criou a Lei Orgânica, que, inspirada nos conceitos de igualdade, liberdade e fraternidade da Revolução Francesa, deveria ser exercida até a convocação de uma Assembleia Constituinte, que desse ao novo país uma Constituição definitiva, além de que, dava aos estrangeiros o título de “patriota”, caso eles demonstrassem apoio às revoltas.
O governo provisório organizou também grupos de emissários, que tinham a função de expandir a revolução às províncias do Norte de Nordeste. Na Paraíba (liderados por Amaro Gomes Coutinho), na Bahia e no Ceará porém, as tentativas fracassaram devido à