a revoluçao

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TEXTO 6

(Texto extraído de: BASBAUM, Leôncio. Alienação e Humanismo. In: MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.)

O CONCEITO DE ALIENAÇÃO
Leôncio Basbaum

A alienação é, antes de tudo uma forma de relação entre os homens e, ao mesmo tempo, entre os homens e determinados objetos ou coisas que lhes são exteriores. Essa forma de relação não é natural. Ela surge em um determinado momento, no processo do desenvolvimento histórico das sociedades humanas. Embora esse desenvolvimento seja criação e exteriorização dele próprio, o homem é profundamente afetado pelo processo: aliena-se.
O termo alienação, originariamente – e ainda hoje -, era um termo da Psiquiatria que designava uma forma de perturbação mental, como a esquizofrenia – uma perda de consciência ou de identidade pessoal... Do ponto de vista econômico-social, alienação é a perda da consciência de si, em virtude de uma situação concreta. O homem perde sua consciência pessoal, sua identidade e personalidade, o que vale dizer, sua vontade é esmagada pela consciência do outro, ou pela consciência social – a consciência do grupo. É uma forma de para-consciência, ou seja, uma consciência particular incompleta, pela qual o homem perde parcial ou totalmente sua capacidade de decisão. É ainda sua integração absoluta no grupo: ele massifica, passa a pertencer à massa e não a si mesmo.
Diz-se ainda que o homem está alienado quando deixa de ser seu próprio objeto para se tornar objeto de outro. Deixa de ser algo para si mesmo. Sua vontade é assim a vontade do outro: ele é coisificado. Deixa de ser homem, criatura consciente e capaz de tomar decisões, para se tornar coisa, objeto.
Com o advento da máquina, o trabalho tornou-se duplamente alienante: à máquina e ao dono da máquina. No período em que vigorava ainda o regime de trocas, o homem, para suprir suas necessidades elementares, devia produzir não apenas aquilo de que necessitava, mas também as necessidades do outro, para qual ele era por

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