A revolta da vacina

508 palavras 3 páginas
A Revolta da Vacina de 1904

No início do século XX, o governo pretendia modernizar o Rio de Janeiro, deixando-o parecido com as principais capitais europeias. Mas a cidade enfrentava uma série de problemas sociais que impediam seu desenvolvimento:
- Com a abolição da escravidão, um grande número de ex-escravos perambulava pela capital em busca de emprego. Substituídos por mão de obra imigrante e abandonados pelo governo, que não adotou nenhum programa para integrá-los à sociedade, viviam de subempregos ou na indigência
- Grande contingente de imigrantes portugueses chegou à cidade. Mão de obra pouco qualificada, eles acabaram vivendo em condições de miséria.
- Com o aumento da população pobre, proliferaram os cortiços. Ali, as doenças propagavam-se com facilidade, em função das péssimas condições de higiene. Muitos cortiços pertenciam a políticos e ricos comerciantes do Rio de Janeiro.
As condições de higiene, abastecimento de água e saneamento básico na capital eram as piores possíveis, provocando grandes epidemias que atingiam, principalmente, a população pobre.
Só em 1902 morreram, no Rio, 984 pessoas de febre amarela, 215 de peste bubônica e 580 de varíola.
Em 1904, o prefeito do Rio de, Janeiro, Francisco Pereira Passos, decidiu remodelar a cidade. Para tanto, planejou o alargamento das ruas e a ampliação da rede de água e esgotos. Em abril, começou a ação que a população batizou de bota-abaixo: desapropriação e demolição de casas e cortiços nos bairros pobres da cidade. As demolições desalojaram grande parte da população, que, não tendo para onde ir, se refugiou nos morros e nos subúrbios, nos quais a elite não pretendia viver. Surgiram, assimas primeiras favelas cariocas.
O governo achava que os problemas do Rio de Janeiro só eram decorrentes da estrutura urbana e não via a necessidade de oferecer condições de trabalho e sobrevivência aos pobres da cidade.

Vacinação Obrigatória

Continuando o processo de higienização do Rio de Janeiro,

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