A República e a Maçonaria
Introdução
Este trabalho pretende ser uma reflexão sobre a maçonaria e a república acerca das suas responsabilidades da Ordem Maçónica no derrube da Monarquia e consequente implantação do Regime Republicano em Portugal, bem como da acção dos irmãos maçons ao comando dos destinos da nação, naquela que constituiu a primeira experiência republicana no nosso país, e que não logrou passar da adolescência: a sua chama, inicialmente promissora, foi esmorecendo progressivamente até se extinguir por completo. A opção por esta temática prende-se, essencialmente, com três motivos: a nossa inclinação pessoal; a actualidade e relevância histórica da Maçonaria; e a importância do tema para a disciplina. Esperamos conseguir apresentar um bom trabalho para responder assim algumas questões que nos podem surgir em temas futuros.
O QUE É A MAÇONARIA A Maçonaria é uma Ordem iniciática e ritualística, universal e fraterna, filosófica e progressista, baseada no livre-pensamento e na tolerância, que tem por objectivo o desenvolvimento espiritual do homem com vista á edificação de uma sociedade mais livre, justa e igualitária.
A Maçonaria não aceita dogmas, combate todas as formas de opressão, luta contra o terror, a miséria, o sectarismo e a ignorância, combate a corrupção, enaltece o mérito, procura a união de todos os homens pela prática de uma Moral Universal e pelo respeito da personalidade de cada um. Considera o trabalho como um direito e um dever, valorizando igualmente o trabalho intelectual e o trabalho manual.
A Maçonaria é uma Ordem de duplo sentido: de instituição perpétua e de associação de pessoas ligadas por determinados valores, que perseguem determinados fins e que estão vinculadas a certas regras.
É Iniciática, porque só pode nela ingressar quem se submeta á cerimónia de iniciação, verdadeiro “baptismo” maçónico, que significa literalmente o começo, e simboliza a passagem das trevas á “Luz”.
É ritualista, porque as suas reuniões obedecem a