A República de Platão
Elogio da velhice por Céfalo
P.35-36 (329a-d) – * A velhice provê paz e liberdade em relação à tirania e brutalidade dos prazeres da juventude.
A verdadeira utilidade das riquezas para Céfalo
P.37-38 (330d–331b) * Para o homem sensato, honrado e equilibrado a riqueza o poupa de cometer injustiças durante a vida, o que gera boa e doce esperança diante da realidade do Hades, pois quem praticou injustiças durante a vida será punido após a morte.
Definição de justiça por Polemarco
P.38 (331d) – “Portanto, a definição de justiça não é dizer a verdade e restituir o que foi emprestado [ou recebido]”. “Por certo que é, Sócrates [...].”
P.39 (331e) – “Afirmou [...] que é justo dar a cada um o que lhe é devido, o que considero um bom enunciado”.
P.44 (335a) – “[...] Desejas que acrescentemos a isto que é justo tratar bem um amigo que é bom e prejudicar um inimigo que é mau?”. “Certo. Isso me parece satisfatório.”
Refutação de Sácrates
P.43 (334b) – “[...] Assim, para ti, Homero e Simônides a justiça parece ser alguma espécie de arte do furto, a qual beneficia amigos e prejudica inimigos. Não é o que quiseste dizer?” “Não, por Zeus! Não sei mais o que realmente quis dizer [...].”
P.44 (334d) – “Bem, então conforme a tua avaliação, é justo causar males àqueles que não cometem mal algum”. “Não! Não é justo de modo algum, Sócrates. Minha avaliação, neste caso, deve ter sido má, conduzindo a uma conclusão imoral.”
P.45 (335b) – “A função de um homem justo”, eu disse, “é, portanto, prejudicar quaisquer seres humanos?” “Certamente, ele deve causar dano àqueles que são tanto maus quanto seus inimigos.”
P.46 (335d) – “Então, Polemarco, não é função de uma pessoa justa prejudicar um amigo ou qualquer outra pessoa, sendo tal função a do seu oposto, ou seja, a pessoa injusta”.
P. 46 (335e) – “Se alguém no diz,