A representação da prática jornalística no cinema

A representação da prática jornalística no cinema
Cinthia da Silva Tavares
Cinema e a realidade:
O cinema, considerado como a sétima arte, é uma arte tecnológica, que se apropria da realidade para construir outras novas. Através dele podemos conhecer várias culturas e linguagens. É seu caráter híbrido, que mistura realidade e ficção, que nos permitem transitar por os diversos setores da sociedade. Indo além, o cinema revela o homem profundamente, através das suas personagens somos postos diante do que há de mais comum e de mais estranho dos os seres humanos, do que há de mais nobre e o que há de mais infame.
O cinema nos oferece uma realidade artística, que através de um conjunto de técnicas estabelece uma linguagem própria que tem disponível uma série de ferramentas que possibilita criação de uma similaridade com o real. Para transmitir ao publico uma sensação de verossimilhança, segundo DIAS (2007), A sétima arte tem a vantagem de poder explorar imagens em movimento acompanhadas de som sincronizado. A imagem fílmica é construída a partir da fusão da imagem com o som, onde o segundo completa o primeiro, fazendo com que o filme se torne uma versão da realidade.
Para a concepção dessa realidade existem ainda quatro elementos fundamentais da linguagem cinematográfica que está à disposição do cineasta para que este possa articular e construir uma narrativa atrativa e original. São elas: tempo, montagem, som e fotografia.
O tempo em uma produção fílmica se estabelece a partir de critérios determinado por seu realizador. Buscar facilitar o modo em que a história é contada. A passagem do tempo no filme é diferente da forma como acontece na realidade. Com o tempo de projeção reduzido de algumas poucas horas, uma obra cinematográfica pode, no entanto, se passar por períodos mais longos, como dias, messes, anos e até séculos.
A passagem de tempo em um filme é instituída pela montagem, que é a ferramenta que estabelece uma sequencia à narrativa. Uma montagem pode