A reforma psiquiátrica no brasil:

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INTRODUÇÃO Com início no final dos anos setenta e tendo como bandeira a defesa dos direitos dos pacientes psiquiátricos, a Reforma Psiquiátrica no Brasil deve ser vista como um complexo processo político e social, sendo constituído de uma combinação de atores, instituições e forças de origens diversas que atuam desde as esferas municipal, estadual e federal de governos, até o imaginário social e o senso comum, passando pelo meio acadêmico, conselhos profissionais, associações de pessoas com transtornos mentais, entre outros territórios. Tal processo determinava a superação do modelo hospitalocêntrico anterior e dividiu-se em duas fases: Crítica ao modelo anterior (1978 a 1991) e Implantação de uma rede de serviços extra-hospitalares (1992 aos dias atuais)

Quando da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, a psiquiatria surge, não com o designo terapêutico ou de cura, mas sim com o objetivo de salvaguardar a sociedade dos tidos como loucos e alienados. Portanto, desde aquela ocasião, os hospitais psiquiátricos, asilos, hospícios ou manicômios, tinham por finalidade retirar o doente mental do convívio social, não tratá-lo.

O modelo manicomial brasileiro surge com o fim da Segunda Guerra Mundial e principalmente com os manicômios privados, muito utilizados nos anos 60 pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), ocasionando o que foi chamado de “indústria para o enfrentamento da loucura” (Amarante, 1995:13). Este modelo asilar predominou até o final do primeiro meado do século XX.

Com uma atitude crítica para com a psiquiatria clássica e hospitalar, o médico italiano Franco Baságlia assume em 1961 a direção do Hospital Psiquiátrico de Gorizia, na Itália. Ele defendia que o doente mental voltasse a viver com sua família, em oposição ao modelo que objetivava seu isolamento. Aprimorando a hospedaria e os cuidados técnicos dispensados aos pacientes do hospital que dirigia, seu pensamento e suas normas fazem ressurgir, inclusive no Brasil,

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