A psicanálise e o sujeito colonial

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A psicanálise e o sujeito colonial

Na descrição de Hegel, entendendo a humanidade como modernidade, ela dá início quando o reino das necessidades acaba, ou seja, quando o desejo não encontra mais sua satisfação nos objetos procurados. O lugar social de cada indivíduo passa a ser decidido através do reconhecimento que ele obtém dos outros, e os objetos de desejo, passam a valer como meios para conseguir um lugar ao sol.
Nos anos 60 e 70, discutia-se para saber se importava mais que o homem pudesse comer ou desejar. Heigel sugere que para o homem moderno, de qualquer forma, não há mais necessidades, os desejos sobressaíram, pois qualquer que seja o objeto que ele queira ou mesmo precise.
A especifidade moderna consiste no fato de que, por assim dizer, razões materiais e espirituais se confudem. Pode acontecer de ficarmos com muita fome e miséria, ao ponto de padecermos, mas mesmo neste caso nossa fome de arroz e feijão se confunde com nosso desejo de ter acesso a maior dignidade social. A este desejo nehum objeto constituirá uma resposta adequada.
Para sujeitos modernos, o luxo não é algo supérfluo, mas necessário, pois são eles que decidem a organização social. A modernidade é isso: a substituição do ser pelo ter.
O "ser moderno" é feito de ter e de aparecer, isso porque não passa-se de fato do ser ao ter, mas de um ser feito de regras tradicionais a um ser sustentado pela distribuição de bens. Qualque bem é portanto um luxo, pois serve do funcionamento da diferença social mais do que à simples satisfação da necessidade. Em uma organização social regrada pela distribuição de bens, o supérluo torna-se necessário e, na verdade, mesmo o necessário torna-se supérfluo.
Poderia ter acesso a determinados luxos que eram proibidos a outras pessoas, quem pertencesse a uma classe social. O acesso ao luxo é que decide a classe social de cada um. Qualquer bem é primariamente um diferenciador social.
Até o século XII, certamente a um rei, a um príncipe ou simplesmente

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