A prevalência de síndrome metabólica no município de cruzília

INTRODUÇÃO

1 - SÍNDROME METABÓLICA: UM BREVE HISTÓRICO

O diabetes acelera a doença arterial, como já sabemos. E ela traz consigo variáveis indesejáveis como obesidade, resistência à ação da insulina e pressão arterial elevada. (GALE, 2005). Harry Himsworth (1936) já conhecia essa variáveis há 70 anos atrás e esses recursos foram incorporados na primeira descrição do diabetes tipo I e tipo II em 1951 segundo Lister et al. (1951, apud Galé, 2005). Depois veio a revolução do colesterol, e lipídios foram reconhecidos como mais uma variável para doenças cardiovasculares (DCV). Estudos da história natural da doença cardíaca ressalta que cada fator de risco tem a sua importância, mas que pessoas com diabetes tipo 2 geralmente são mais expostas a risco mais elevado que o restante da população, e que eles morrem mais cedo quando a doença coronariana se torna aparente (GALE, 2005). O documento apresentado por Gerald Reaven (1988), representou um novo e importante ponto de partida. Ele tomou a tríade: diabetes, hiperlipidemia e hipertensão, e propôs que a resistência à insulina foi a progenitora comum dos três. A partir daí, vários investigadores vieram explorar esse novo território. Fisiologistas querem uma hipótese útil que possa vincular a resistência à insulina ao metabolismo e o metabolismo a doença vascular. Os epidemiologistas tentando descobrir a causalidade, associação de risco, avaliação e classificação, todos mediados pela via estatística. Os clínicos sobre a forma como se cuidar dos seus pacientes e por fim as empresas farmacêuticas com uma solução-insulino-sensibilizadores para o qual precisam de um problema correspondente (GALE, 2005). Todos investigadores, na busca de uma melhor definição para a síndrome metabólica (SM). A obesidadde vem se mostrando um dos fatores mais importantes para a instalação da SM na maioria dos casos. Com o aumento de prevalência de obesidade,