A poisa

5754 palavras 24 páginas
Felizmente Há Luar! recria em dois actos a tentativa frustrada de revolta liberal de Outubro de 1817, reprimida pelo poder absolutista do regime de Beresford e Miguel Forjaz, com o apoio da Igreja.
Ao mesmo tempo, chama a atenção para as injustiças a repressão e as perseguições políticas no tempo de Salazar, nos anos 60 do século XX (tempo da escrita).
A acção centra-se na figura do general Gomes Freire de Andrade e sua execução, mostrando, ao mesmo tempo, a resignação do povo, dominado pela miséria, pelo medo e pela ignorância. Gomes Freire “está sempre presente embora nunca apareça” e, mesmo ausente, condiciona a estrutura interna da peça e o comportamento de todas as outras personagens. O protagonista é construído através da esperança do povo, das perseguições dos governadores e da revolta impotente da sua mulher e dos seus amigos. Amado por uns, é odiado pelos que temem perder o poder.
Gomes Freire é acusado de chefe da revolta, de estrangeirado e grão-mestre da Maçonaria, por ser um soldado brilhante e idolatrado pelo povo. Os governadores – Miguel Forjaz, Beresford e Principal Sousa – perseguem, prendem e mandam executar o general e os restantes conspiradores através da morte na fogueira. Para eles, aquela execução, á noite, constituía uma forma de avisar, de dissuadir outros revoltosos; para Matilde de Melo, a mulher do geral, e para mais pessoas era uma luz a seguir na luta pela liberdade.
Dentro dos princípios o teatro épico, Felizmente Há Luar! é um drama narrativo que analisa criticamente a sociedade, apresentando a realidade com o objectivo de levar o espectador a tomar uma posição.
Graças ao efeito de estranheza e à distanciação histórica, retrata a trágica apoteose do movimento liberal oitocentista, em Portugal, e interpreta as condições da sociedade portuguesa do início do século XIX. Com a denúncia do ambiente político repressivo daquela época, tenta provocar a reflexão sobre a opressão e a censura que se repete no século XX.
Carácter

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