A Obra de Arte na Época de sua Reprodutibilidade Técnica. BENJAMIN, Walter. 1936.
No sétimo capítulo da obra são expostos os pensamentos do teórico Walter Benjamin em relação a arte e técnicas de sua reprodutibilidade, um processo novo, quando comparado a todo o curso da história, além de causador de opiniões controversas. Isto porque o ato de reproduzir em série uma obra de arte possibilita aos receptores novas percepções, trazendo a dúvida de se os processos de reprodução modernos como a fotografia e o cinema são capazes de manter a autenticidade artística.
Ao se falar de autenticidade, Benjamin usa o termo “aura” para conferir a unicidade de objetos e imagens feitos com a intenção de criar um ambiente de culto. Uma pintura original, por exemplo, teria sua aura garantida pois carrega aspectos únicos de sua presença em relação ao local em que foi feita e aos sentimentos ali existentes. Além também, dos aspectos físicos que compõem o objeto. Por fim, uma pintura necessita de contemplação e atenção, requerimentos que criam uma atmosfera propícia ao culto.
No atual cenário social, há um grande desinteresse por parte das massas quando se tem que lidar com imagens ou objetos únicos e que não se econtram tangíveis a elas. O interesse nasce quando há significação social, algo para relacionar com experiências já vividas. Sendo assim, predomina a necessidade do lado humano da arte, algo mais disponível e que permita maior apoderamento para si mesmo, tais como as reproduções em série.
Não há dúvidas de que a aparição de técnicas de reprodução causou alvoroço entre artistas defensores dos modos tradicionais de se fazer arte e, por isso, muitos deles reagiram difundindo a doutrina da “arte pela arte” – criada em contraposição ao surgimento da fotografia e com o intuito de criar uma arte pura, simplesmente pelo valor artístico e sem outros fins.
Apesar de tantas críticas negativas, o próprio Benjamin expõe que há duas maneiras de se acolher a arte criada por