A Mulher e o Hinduísmo

A MULHER E O HINDUÍSMO

Os papéis das mulheres foram mostrados em escrituras hinduístas, como o Dharma Sastras – mais especificadamente nas Leis de Manu (Manu Smriti) em 200 a.C. Elas ditam como uma mulher ou esposa deve se comportar na casa e para com o marido, seguindo os passos dos seus antepassados. A família é muito importante no hinduísmo e como guardiã da casa, as mulheres desempenham um papel importante na tradição.

Nestas escrituras sagradas védicas, a mulher também é mostrada como benevolente/fértil/concessora e malévola/agressiva/destruidora, possuidora de grandes poderes contrastantes. Há uma passagem que diz: “Em tempos de prosperidade ela é, de fato, Lakshmi (deusa da riqueza) que concede prosperidade nas casas dos homens; E em tempos de infortúnio, ela mesma se torna a deusa do infortúnio, e traz a ruína”. ¹

Devido a este “misterioso poder de mudança” que uma mulher possui, é compreensível que o homem deva querer controlá-lo. Logo, a interpretação dada foi de que as mulheres devem permanecer estagnadas, comandando a casa, criando os filhos e participando em rituais religiosos como assistente de seu marido que em troca proveria as necessidades materiais de sua esposa, a segurança, a proteção e status social. As cerimônias e rituais religiosos védicos giram em torno de homens. São realizadas por homens e para homens. As mulheres não devem oficiar qualquer cerimônia védica. Podem participar em rituais domésticos como a Puja (cerimônias de devoção e oferendas) ou executar austeridades, mas o anfitrião é sempre um homem. Historicamente, o status da mulher na Índia foi ambíguo. Em teoria, ela deveria ser honrada e acarinhada, teria muitos privilégios e desfrutaria do status de uma deusa. Mas em prática, grande parte viveu de forma miserável sendo uma criada para seus maridos.
Os papéis tradicionais de mulheres hinduístas donas de casa têm mudado ao longo dos cinqüenta ou mesmo cem