A morte é uma festa

1303 palavras 6 páginas
A MORTE É UMA FESTA
João José Reis

Na capital do Estado da Bahia (1836) – Salvador, foi inaugurado um cemitério chamado “Campo Santo” por uma empresa que possuía do governo o direito total sobre os enterros na cidade, e, este cemitério foi totalmente destruído por uma grande multidão apenas três dias após à sua inauguração.
Naquela época, as pessoas costumavam ser enterradas nas igrejas, acreditando que isto salvaria suas almas, porém, após à inauguração do cemitério, centenas de manifestantes o destruíram acreditando que “enterro na igreja” seria algum tipo de uma vida melhor no outro mundo.
Para que se entenda melhor J.J. Reis, é necessário entender a “Revolta da Cemiterada”, pois, o autor em questão pesquisou a fundo os detalhes da história, sobre os sentimentos e atitudes em relação à morte, inclusive ritos fúnebres na antiga Bahia do século XIX, fazendo uma profunda análise sobre das festas em homenagem aos santos realizadas pela população religiosa em rituais de batuques, danças, banquetes, mascaradas, relacionando diretamente o significado do sagrado e do profano.
Esta Revolta ocorreu na Bahia do século passado, onde a palavra “cemiterada” está ligada à construção de um cemitério na Bahia, onde uma lei proibia os enterros nas igrejas, desta maneira os enterros passariam a ser feitos pela rede privada que ficaria com o monopólio durante 30 anos, sendo que a revolta foi religiosa e possuía raízes em discussões políticas e econômicas. Mas não podemos analisar só do ponto de vista político, econômico e religioso, existe toda uma configuração cultural que envolve este acontecimento.
Evidencia-se um tema aparentemente banal, esta envolvido em vários conflitos a começar pelo tema central que está ligado a religião, em seguida vem questões econômicas e sociais, já que a Igreja Católica e a elite aristocrática acreditava que era uma atitude anti-cristã os enterros fora da Igreja, porém, levanta-se diversas questões entre elas a questão social, existindo

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