a morte no mundo ocidental

A HISTÓRIA DA MORTE NO MUNDO OCIDENTAL

A HISTÓRIA DA MORTE NO MUNDO OCIDENTAL

1. Introdução

A cultura ocidental nos últimos séculos foi demarcada pelo capitalismo. O positivismo contribui também para o pensamento ocidental, abordando mente e corpo. Seja ela concebida como passagem além da vida (cristianismo) ou mesmo a dissolução total do ser, em torno dela gira vários comportamento sociais como os cuidados com o cadáver, a reflexão, as orações e etc.
Vejamos o que dizem alguns filósofos como Schopenhauer sobre a aflição da morte, para este o ser também possui a “vontade da vida”, ou seja, o apego à existência de maneira exacerbada. O temor da morte a priori, somente é o reverso da vontade de vida, que todos nós possuímos, é inato o medo da própria destruição (SCHOPENHAUER, 2007).

2. História da Morte no Mundo Ocidental

A Morte no mundo ocidental foi muito vinculada ao castigo, algo socialmente a ser adiada ou evitada, permeada de dor e sofrimento, até mesmo ao se refletir sobre ela não minimiza o ser caráter de temor.
No livro de Philippe Ariés, História da Morte no Ocidente este divide em vários temas a concepção da morte vista no Ocidente tais como: a Morte Domesticada, a prática reinante durante a primeira Idade Média; a Morte de Si Próprio, a partir dos séculos XI e XII; se até então o homem concebia a morte como a passagem para um estágio onde deveria residir até à chegada do Juízo Final; a Morte de Si Próprio dá lugar à Morte do Outro, no XVIII que a saudade e a lamentação vão possibilitar o desenvolvimento do culto dos mortos nos séculos; e a Morte Interdita; criticamos o culto dos mortos, as visitas aos cemitérios passaram a adaptar a cremação por esta ser mais definitiva, evitamos chorar em público e temos horror do luto.
Na Idade Média esta se configurava em uma forma simples e dramática onde o indivíduo esperava pacientemente as formalidades ritualísticas da morte. Ademais, as pessoas estavam em sincronia com os ciclos naturais