A MONSTRUOSIDADE DA MORTE NO POEMA PEQUENINO MORTO, DE VICENTE DE CARVALHO

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A MONSTRUOSIDADE DA MORTE NO POEMA PEQUENINO MORTO, DE VICENTE DE CARVALHO

Vanessa Maria Alves Silva Dias
(Disciplina Isolada do Mestrado em Letras / Estudos Literários) RESUMO: Este trabalho objetiva analisar a monstruosidade da morte no poema Pequenino Morto (Poemas e Canções - 1908) de Vicente de Carvalho. O ato de ceifar a vida de um ser frágil e suscetível a eventuais infortúnios revela uma das faces mais cruéis da morte. O velório e o enterro do menino são descritos de maneira a seduzir o leitor e transportá-lo para uma realidade tão fria e mesmo assim tão humana. Cada verso escrito retrata a limitação humana frente aos acontecimentos. PALAVRAS-CHAVE: Vicente de Carvalho; Poemas e Canções; Pequenino Morto; Morte; Monstro; Monstruosidade.

O movimento parnasiano surgiu na França, com a publicação de uma série de antologias denominando-o “Parnaso Contemporâneo”. Por meio dele, pregava-se um modo de fazer poemas sem a emoção e o subjetivismo. O parnasianismo durou no Brasil de 1880 a 1893. O nome Parnasianismo foi inspirado na mitologia grega. Parnaso era o monte consagrado a Apolo, deus da beleza, e às musas, divindades inspiradoras da poesia. Tomando a cultura grega como modelo, os parnasianos retornavam à época clássica.
Tendo como principal característica a valorização do prazer pela arte, sem a influência dos sentimentos, das emoções, sua ideologia, estendeu-se até a primeira década do século XX. A poesia com estilo refinado que buscava a qualquer custo a perfeição formal, agradou ao público leitor brasileiro da época, com gosto por termos rebuscados e eruditos.
O poeta lírico Vicente Augusto de Carvalho, ligou-se desde o início ao grupo de jovens poetas de tendência parnasiana. Foi grande artista do verso, da fase criadora do movimento. Da sua obra poética ele próprio destacou poemas que são de extrema beleza, como: “Palavras ao mar”, “Cantigas praianas”, “Rosa, rosa de amor”, “A ternura do mar”, “Fugindo ao cativeiro”, “Velho tema” e

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