A linguagem da sedução

FILHO, Ciro. A linguagem da sedução. Editora Perspectiva – São Paulo: 1998.

“Necessidades e desejos materiais, que vão além das necessidades imediatas vitais, aspirações de vida criadas pelo capitalismo supérfluo” Pg 55.

“Não são compradas mercadorias pelas qualidades inerentes o produto, pelo seu valor de uso real, mas pela imagem que esse produto possa veicular no ambiente de vida do consumidor bem como para os outros” Pg 35.

“A “tecnocracia dos sentidos”, como o apresenta Haug, impera na produção do ilusório, do imaginário como fator de consumo. Assim, pela sua capacidade de provocar efeitos no comprador e nas pessoas a quem o comprador deseja impressionar, as mercadorias assumem, como fetiches plenos, a situação de agentes reais.” Pg 35

“De fato, o mundo de aparências da propaganda e das diversões, em cuja produção estão hoje envolvidas indústrias inteiras, representa um poder condicionante que atinge desde a vida e a percepção dos seres humanos em seu dia-a-dia até o mais profundo de sua intimidade.” Pg 165

“Todos os adornos e roupas, perfumes e maquiagens, são usados como meios de apresentação da beleza e do encanto. Assim, as mercadorias tomam emprestado sua linguagem estética da conquista amorosa humana. “ Pg 171

“A aparição da mercadoria promete mais, muito mais do que pode cumprir. Nesta medida ela é uma aparência, pela qual se é seduzido” Pg 182

“A aparência que seduz é como um espelho no qual o desejo se olha e se reconhece como objetivo.” Pg 184

“A sexualização geral das mercadorias inclui os homens. Ela põe a sua disposição meios de expressão para sua emoções sexuais até então reprimidas.” Pg 188