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A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA

RODRIGUES, Chris. O cinema e a produção. 3. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

Linguagem cinematográfica é a linguagem utilizada para que os profissionais da área consigam compreender o que é desejado. Embora não exista uma padronização definitiva para os termos utilizados, são eles que permitem que o diretor, o diretor de fotografia e muitos outros falem a mesma língua. Sem esta linguagem seria muito mais difícil e mais demorada a realização de um audiovisual. Fazem parte da linguagem cinematográfica o conjunto de planos, ângulos, movimentos de câmera e recursos de montagem que compõem o universo de um filme. A escolha por cada plano é feita antes das gravações (pré-produção), e é selecionada esperando um efeito psicológico no espectador, um valor dramático específico, como quando escolhemos os planos para a gravação de uma cena em um tribunal. O plongée poderia ser utilizado para mostrar o réu, dando a impressão de sua inferioridade, ao mesmo tempo que o contra-plongée poderia ser utilizado no juiz, definindo a situação inversa, engrandecendo o personagem e sugerindo, por consequência, a sua superioridade. O ambiente seria apresentado em um Plano Geral, o Plano Conjunto apresentaria réu e juiz em um único enquadramento e o Close mostraria as emoções de desespero do réu. O diretor ainda poderia optar por um plano-sequência, deslocando a câmera no espaço cênico em um travelling, grua ou na mão. Desta forma podemos notar a diferença entre os planos, e que eles não são escolhidos aleatoriamente, mas cada um quer propor algo específico ao espectador. É a partir dos planos que são formadas as cenas, e a partir das cenas que são formadas as sequências, que mais tarde, na edição, formarão o filme.
Os planos podem ser gravados quantos vezes o diretor quiser, e cada uma dessas gravações será uma tomada. Para facilitar no momento do copião, ou da decupagem como chamamos atualmente, é utilizada uma claquete para que o montador/editor não